Startups e tecnologia: os contratos que protegem seu negócio
No setor de tecnologia, crescer rápido não basta, é preciso crescer com segurança. Neste artigo, mostramos os contratos indispensáveis para startups e empresas tech que querem proteger sua inovação, evitar riscos jurídicos e transmitir confiança a investidores, parceiros e clientes.
8/5/20253 min ler


O mundo das startups e empresas de tecnologia, a inovação corre em alta velocidade. E nessa correria toda muitas vezes o básico é esquecido. Você pensa nos contratos da sua empresa? Ou busca somente um modelo no google ou talvez no ChatGPT?
Sem contratos adequados, uma startup pode perder o controle sobre sua propriedade intelectual, enfrentar disputas societárias ou até comprometer a relação com investidores e clientes.
Neste artigo, você vai descobrir os principais contratos para startups e empresas de tecnologia e como eles podem proteger seu negócio desde os primeiros passos.
Por que contratos são fundamentais para empresas de tecnologia?
Porque os contratos trazem segurança jurídica, muitas vezes o que se está desenvolvendo não pode ser registrado ainda como um ativo de propriedade intelectual e é aí que os contratos entram.
Eles servem para:
Formalizar obrigações e responsabilidades, evitando riscos;
Garantir a titularidade sobre códigos e ativos intangíveis, gerando maior valor para a empresa
Evitar litígios entre sócios ou com clientes
Proteger dados e cumprir leis como a LGPD
Atrair investidores com uma base jurídica sólida
7 contratos essenciais para startups e empresas de tecnologia
A seguir, listamos os contratos indispensáveis para negócios inovadores: de SaaS a plataformas digitais, passando por aplicativos, consultorias tecnológicas e produtos baseados em IA.
1. Contrato de Confidencialidade (NDA)
Antes de compartilhar informações estratégicas com terceiros, seja em uma reunião com investidores ou no pitch para um parceiro, é fundamental proteger seu negócio com um NDA (Non-Disclosure Agreement).
Esse contrato protege sua ideia, informacões comerciais e sensíveis do seu negócio e garante que você não vai ver a pessoa pra quem você apresentou a ideia copia-la.
2. Acordo de Sócios e Vesting Agreement
Empreender com outras pessoas exige alinhamento e, claro, regras claras para o futuro. Esse contrato pode definir:
Participação societária
Funções e responsabilidades
Regras de saída ou entrada de novos sócios.
3. Contrato de Desenvolvimento de Software
Se sua empresa contrata programadores, freelancers ou fornecedores externos, é fundamental garantir que o código-fonte desenvolvido pertença à empresa, além de definir responsabilidades e não concorrência.
Este contrato pode prever:
Entregáveis e prazos
Escopo técnico do projeto
Cessão de direitos autorais
4. Contrato de Prestação de Serviços ou SaaS
Startups que oferecem software como serviço (SaaS), consultoria ou soluções tecnológicas personalizadas precisam de um contrato que estabeleça:
Obrigações do prestador e do cliente
Condições de uso do serviço
SLA (Acordo de Nível de Serviço)
Política de cancelamento e suporte
Limitação de responsabilidade
6. Termos de Uso e Política de Privacidade
Empresas de tecnologia que operam com plataformas digitais, e-commerce ou aplicativos precisam seguir a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), dando clareza aos usuários quais dados são tratados, onde são armazenados e com regras para dúvidas e solicitações de titulares.
Esses Termos são exigidos por lei e devem conter:
Regras claras sobre o uso da plataforma
Informações sobre coleta e tratamento de dados
Direitos do usuário
Base legal do tratamento
7. Contrato de Licença de Software e Propriedade Intelectual
Se sua empresa licencia tecnologia de terceiro ou para terceiro, este contrato regula:
Limites de uso
Formas de remuneração
Duração e rescisão
Penalidades por uso indevido
Também é essencial para negócios que operam com modelos white label, API integration ou comercialização de sistemas.
O que pode acontecer sem esses contratos?
Negócios de tecnologia sem contratos claros estão expostos a riscos como:
Disputas judiciais entre fundadores
Perda de propriedade sobre o código ou produto
Multas por descumprimento da LGPD
Insegurança jurídica que afasta investidores
Uso indevido de tecnologia por terceiros
Dica final: contratos são ativos estratégicos
Contratos bem redigidos não são apenas documentos são ativos estratégicos que diferenciam uma empresa bem estruturada de uma que não está. Eles aumentam o valor da sua startup, facilitam rodadas de investimento, evitam prejuízos e demonstram profissionalismo.
Quer garantir que sua empresa está juridicamente segura para crescer? Nosso time é especializado em assessorar empresas de tecnologia na estruturação contratual e pode ajudar você em todas as fases do seu negócio.